Na última década a área do Social Media evoluiu de uma forma intensa. Aquilo que eram inicialmente canais de comunicação entre amigos tornaram-se agora plataformas que valem biliões de dólares e que têm uma grande e assumida influência na vida das pessoas. Neste sentido, torna-se importante pensar qual é o caminho que o Social Media está a percorrer e que tendências vão definir a próxima geração de utilizadores.
Analisando o cenário atual das redes sociais, e de acordo com um estudo realizado pela Pew Research nos Estados Unidos da América, o Facebook e o YouTube são as redes sociais dominantes, embora tenha incrementado a utilização do Instagram por parte dos adultos.
Os dados, de facto, não mentem, e podemos perceber que grande parte da população está “viciada” no uso de redes sociais. Uma vez que são os jovens os utilizadores mais assíduos, é fundamental analisar a forma como as estão a utilizar, e isso irá definir o futuro da criação e do consumo de conteúdos nestas plataformas.
Se as marcas e empresas querem manter-se competitivas, precisam de apostar numa das melhores ferramentas promocionais: o vídeo. Muitos consumidores preferem obter informações através deste meio em vez de texto, visto que estão continuamente a ser alvo de sobrecarga de informações e, apesar de poderem clicar e ler um novo conteúdo escrito, é bem mais provável que um vídeo novo os faça parar e assistir. Sem dúvida que esta é uma forma de obter informações rapidamente e de um modo interessante e criativo.
Segundo a Adobe, 52% dos profissionais de Marketing nomeiam o vídeo como o tipo de conteúdo com melhor ROI (Return of Investment). Os consumidores passam muito do seu tempo a assistir a vídeos nas diversas plataformas de social media, sejam estes vídeos explicativos, testemunho de produtos, conteúdos behind-the-scenes ou entrevistas, acabam por ficar “colados” aos mesmos e assim se conectam, ainda mais, com as marcas e empresas com as quais têm uma ligação.
Do lado das empresas, estas podem mesmo perceber que canais otimizar para o seu público e criar conteúdo a partir dessas métricas. A estratégia que melhor tem funcionado para as marcas é a criação de conteúdos de formato longo, e fazendo a sua distribuição pelas redes sociais apropriadas.
Com 60% dos utilizadores do Instagram e do Snapchat a visitarem mais do que uma vez por dia a plataforma, esta torna-se uma estatística bastante atrativa no âmbito do conteúdo efémero. Esta nova forma de contar histórias foi adotada por utilizadores, influenciadores e marcas – trata-se do conteúdo que dura apenas 24 horas e que pode levar a muitos testes e descobertas para as marcas.
As empresas que procuram investir no conteúdo de storytelling efémero podem optar por olhar para os seus concorrentes ou outras marcas que se encontram a produzir conteúdo atrativo. Podem, por isso, aprender as melhores práticas para envolver o seu público e certificarem-se que os consumidores veem toda a história e interagem com o conteúdo.
Isto pode incluir conversas diretas com os clientes nas ferramentas de mensagens/chats dessas mesmas plataformas, ajudando a criar relacionamentos mais fortes através da humanização da marca, e fazendo com que os clientes a queiram comprar e defender, sentindo-se assim parte da sua comunidade. É importante salientar que o storytelling nestas plataformas difere do Social Media tradicional: o conteúdo é menos fechado e algumas funcionalidades tornam o conteúdo mais envolvente, como os filtros, os GIFs, a possibilidade de se desenhar, entre outras. É, por isso, importante que os profissionais de marketing digital e de gestão de redes sociais saibam como conceber e aplicar este tipo de conteúdo
O aumento de influenciadores em todas as redes sociais, especialmente no YouTube, Instagram e Snapchat, mostra como as gerações do milénio e da Geração Z – nascida entre 1990 e 2010 – estão a abraçá-los. Prevê-se que até 2020 o marketing de influenciadores possa ser avaliado em cerca de 10 biliões de dólares.
Existem influenciadores atualmente, em todas as indústrias, que usam o social media storytelling para criar comunidades. Com base nisto, as marcas podem trabalhar com influenciadores para expandir o seu alcance e criar um maior engagement com os clientes. Os influenciadores são altamente qualificados na criação de conteúdo e têm um bom entendimento sobre as plataformas no seu todo, pelo que podem produzir conteúdo direcionado aos objetivos e intenções das marcas.
Os influenciadores são conhecidos pelos seus vídeos de unboxing, por mostrar novos produtos, moda e beleza, pelos testes dos mesmos em vlogs mais longos, pelas fotografias de lifestyle no Instagram destacando esses produtos, e nas Stories do Instagram e do Snapchat a partilhar uma experiência imersiva única. Com a multiplicidade de ideias de conteúdo, construir relações com os influenciadores é vital para o futuro do negócio e da comunidade – o marketing de influência está aqui para ficar.
Concluindo, percebemos que o conteúdo impulsiona as decisões diárias de consumo e de compra por todo o mundo, e para os profissionais de marketing terem sucesso, precisam de entender não só o ambiente como as tendências de Social Media. Assim, as estratégias de marketing neste âmbito devem ser abrangentes e relevantes, incluindo o vídeo, o storytelling efémero, e o marketing influencer. Desta forma, certamente irão envolver a comunidade e criar sempre conteúdo valioso.
Fonte: Digital Marketing Institute
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