Basta o candidato perguntar-se: gosto dos projetos anteriores em que a empresa trabalhou e gostaria de participar deles? Gosto dos meus potenciais novos chefes? Eles são conhecidos dentro da comunidade? Poderia aprender algo com eles? Gosto do escritório? A empresa é transparente? Gosto da sua cultura?
Como Product Designer ou UX Designer, pode-se trabalhar geralmente em agências, empresas de software, consultoras, estúdios de design, grandes empresas estabelecidas (que muitas vezes não são “digitalmente nativas”) ou startups.
Para concluir qual seria a opção mais indicada, o ideal será pensar em que tipo de trabalho e ambiente de trabalho encaixaria melhor, sendo que cada uma pode ter vantagens e desvantagens para o candidato. Por exemplo, numa agência, terá a oportunidade de trabalhar com clientes diferentes de diversos setores e aprender muito, criando muitas vezes coisas completamente novas, a partir do zero, e num ambiente muito rápido. Por norma, a atmosfera é informal e descontraída, e poderá estar a trabalhar com alguns colegas muito experientes, mas também com muitas pessoas muito jovens, o que é bom. Mas sempre terá de lidar com os clientes, que terão sempre a palavra final quando se trata dos seus projetos. Agência será, por isso, o melhor lugar para aprender, no caso dos designers juniores.
Numa grande empresa, o ritmo do trabalho é geralmente mais lento. Trabalham-se em coisas que já existem, raramente em algo completamente novo, mas aqui é possível concentrar-se profundamente em apenas um assunto. Haverá mais hierarquia, trabalha-se em equipas maiores e pode-se encontrar burocracia e processos já estabelecidos, e a cultura será mais formal e tradicional.
Numa startup o trabalho tende a ser frenético e o Product Designer trabalha com uma equipa pequena e muito dedicada. No entanto, terá a oportunidade de co-criar algo realmente novo e de se sentir responsável ou por um sucesso ou por um fracasso da empresa. Esta opção será melhor para designers mais experientes, pois muitas vezes pode ser o único designer no barco, e este deve realmente acreditar na missão da empresa.
E qual empresa é a melhor se se receberem várias ofertas de uma só vez? O candidato pode ser tentado a escolher a empresa que simplesmente lhe oferece o melhor salário no momento, e isto é compreensível. No entanto, pode sempre negociar o dinheiro, mas não é possível alterar os chefes, a cultura e os projetos da empresa. Então deve-se escolher sabiamente. Boa atmosfera, boas pessoas, projetos interessantes, equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, desenvolvimento pessoal, etc. são muito mais importantes do que alguns euros a mais.