Brad Frost partilha, no contexto dos Design Systems e do seu trabalho diário, o que é um inventário de interface, e como se processa. Este é um “exercício onde se reúnem todas as instâncias de padrões de UI design nos diferentes produtos de uma organização” e que podem incluir diferentes propriedades da web, propriedades nativas, aplicações internas e externas. Este inventário é verdadeiramente útil por obter o ADN dos vários produtos da organização, permitindo ditar e determinar a composição e roteiro dos Design Sytems.
O primeiro passo ao conduzir um destes inventários diz respeito à reunião de todas as pessoas, para agregar as diferentes disciplinas responsáveis pelo sucesso do Design System: inclui designers, developers, responsáveis de Quality Assurance, gestores de produto, entre outros. Uma vez que estas equipas não falam a mesma linguagem, este será um importante exercício para estabelecer o já mencionado vocabulário partilhado. Através do mesmo poderá concluir-se, por exemplo, porque é que algumas interfaces de utilizador são inconsistentes e incongruentes.
A segunda etapa do inventário passa por preparar capturas de ecrãs (screenshots), basicamente, passando por diferentes produtos e ecrãs, capturando padrões exclusivos de UI. Por isso, precisamos estabelecer um lugar comum para colocar e categorizar todas as imagens. Brad sugere o Google Slides, por permitir às equipas colocar estes screenshots num só local e rapidamente partilhar o link com o resto das pessoas.
Depois, combinando estes produtos e procura por padrões, dividem-se pelo tipo de categoria de UI a que os componentes pertencem. Por exemplo, o gestor de produto pode ser responsável por encontrar cabeçalhos e rodapés ao longo das diferentes propriedades; a pessoa seguinte pode ser responsável por encontrar estilos de botões únicos; outra pessoa pode recolher diferentes formas de componentes, como checkboxes, campos de formulário, áreas de texto e menus de seleção; outra pela tipografia; outra pelo motion.
Quando todos mostram o que encontraram, a todas as equipas, no quinto passo são consolidados todos os padrões de UI encontrados no exercício, e colocados num grande documento, que se pode fazer circular pela organização. Ao serem mostrados todos estes aspetos, a ao consolidar os padrões inconsistentes, uns ao lado dos outros, torna-se bastante real – a “mágoa do design em escala”.
Concluindo, os inputs de vários profissionais podem oferecer uma visão do mundo real, no âmbito dos Design Systems, e muitos dos aspetos que estes podem resolver. E, neste sentido, porque devem as organizações adotá-los.
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