Design Thinking, mais do que uma moda, uma forma de agir!

Artigo

"A empatia, o otimismo, confiança no poder criativo individual e coletivo, “abertura” de pensamento e a cultura do erro como algo positivo, são alguns dos principais pilares do Design Thinking."Neste artigo de blog, Dina Oliveira, Innovation Analyst na Sonae e tutora da EDIT., esclarece-nos o conceito. Se tens curiosidade em saber mais sobre a filosofia do Design Thinking, vale a pena leres este texto :)

O Design Thinking surge, em termos latos, como uma metodologia de resolução criativa de problemas. Na verdade, todos nós damos resposta a problemas, diariamente, aplicando a nossa própria metodologia (sim, somos todos “metodólogos”!). O Design Thinking na verdade, “apenas” acrescenta estrutura e criatividade a todo este processo para que, mais que soluções imediatistas, sejamos promotores de inovação.

Digo “apenas”, porque o Design Thinking torna a resolução de problemas num processo fluído, lógico, que acompanha e suporta o pensamento do “hemisfério esquerdo”. Por outras palavras, através de um processo (não linear) e de um conjunto de ferramentas, desbloqueamos e abrimos novas portas do nosso cérebro, tornando o processo de geração de soluções mais eficiente, natural e alegre!

Com efeito, o Design Thinking é muito mais que um processo e uma toolbox! É um mindset, uma forma de estar e agir perante as situações-desafio. E, na verdade, julgo ser este o fator diferenciador do Design Thinking, em função de outras metodologias de resolução de problemas.

Empatia (ou melhor, sentir “como” o cliente), otimismo, confiança no poder criativo individual e coletivo, co-criação, “abertura” de pensamento, espírito de “pôr a mão na massa” e cultura do erro como algo positivo são alguns dos pilares que fazem parte do ADN do Design Thinking. Quando implementado nas equipas de trabalho, o Design Thinking liberta e desenvolve, também, soft skills associadas ao relacionamento, comunicação, resiliência, escuta-ativa e, especialmente, o super power da empatia.

Não se confunda Design Thinking com Empatia, mas esta será a fase em que deveremos alocar mais de 40% a 50% do nosso tempo como facilitadores – entenda-se por Empatia, literalmente, calçar os sapatos dos outros e sentir com e como o nosso utilizador/consumidor/segmento-alvo. Convém salientar, que esse tempo deverá ser distribuído ao longo da expedição de Design Thinking, uma vez que este não deverá ser encarado como linear. Este é outro dos fatores de diferenciação da metodologia: devido à sua natureza user centered e, por isso, iterativa, pretende-se que estejamos, sempre que possível, a recolher feedback e a (re)construir em função dessa informação dada pelo cliente-alvo.

Como profissional de Marketing, posso acrescentar que encontro no Design Thinking as ferramentas que me permitem desenvolver soluções adaptadas e, realmente, desejadas pelo mercado. A fase de Empatia, a constante Iteração, as ferramentas desbloqueadoras de Ideação e de Prototipagem, permitem-me perceber, PERCEBER, as verdadeiras necessidades e desejos do consumidor real, que tem um rosto, um nome, e não apenas um número. Acredito, que esta metodologia pode levar a outro nível profissionais de várias áreas, dos mais diferentes graus, uma vez que ser Criativo não nasce connosco, treina-se, e é fundamental no exercício de toda e qualquer atividade.


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