Catarina de Noronha
Employer Brand

Entrevista

Catarina de Noronha é Employer Brand na Infraspeak, e é Alumni do curso Digital Marketing & Strategy na EDIT. Porto.

Recentemente, recebi a boa notícia de que fui nomeada para a categoria de Community Lead (PWIT Awards 2022). Esta nomeação é por si só uma grande vitória, não só por estar lado a lado com mais três excelentes profissionais, mas também por ser um reconhecimento do trabalho que tenho feito com a gestão de comunidades ao longo dos últimos anos.


És licenciada em Comunicação empresarial, como surgiu o interesse pela área de Marketing e como chegaste ao Curso de Digital Marketing & Strategy da EDIT. Porto?

A minha jornada até encontrar o Marketing foi bem engraçada. Comecei por estudar artes no ensino secundário, mas não me via a fazer daquilo vida uma vez que procurava algo mais estratégico e onde pudesse aliar a minha capacidade criativa.

Ao fazer a candidatura para a faculdade acabei por escolher Marketing no ISCAP, onde fui colocada. Durante o primeiro ano, o curso de Comunicação Empresarial foi reformulado e tornou-se muito mais virado para o digital, com cadeiras de redes sociais e publicidade. Eventualmente, optei por fazer a mudança para o curso de Comunicação. Mais tarde, já no mercado de trabalho, a minha primeira experiência profissional foi a servir como o famoso canivete suíço — era a única pessoa no departamento de marketing de uma PME. Apesar de ter tido a liberdade de experimentar tudo e mais alguma coisa, rapidamente percebi que o meu conhecimento se estava a esgotar, principalmente no que tocava ao digital. Sentia falta de ter um mentor, de partilhar opiniões com outras pessoas da área, e foi aí que cheguei até ao Curso de Digital Marketing & Strategy da EDIT. Porto.


Que impacto teve esta formação na tua evolução profissional? E no teu desenvolvimento pessoal?

Definitivamente que teve um impacto positivo. A minha turma era composta por pessoas de diferentes níveis de senioridade, o que criou uma dinâmica interessante, porque os mais novos traziam um olhar (e ouvido) atento, ainda sem grandes tiques, e os mais velhos partilhavam aquilo que sabiam e vivências pelas quais já tinham passado.

Para além de sair munida de toda uma panóplia de conceitos, tive também a oportunidade de perceber como é que os tutores, profissionais reconhecidos das suas respetivas áreas, pensavam e agiam. Isso, para mim, era o mais importante, perceber a estratégia. Relativamente ao impacto na minha evolução profissional, sem dúvida que ter frequentado o curso acabou por ser um selo de qualidade, principalmente quando ainda era júnior — quando uma entidade não nos conhece pela experiência, tem em conta as atividades que fazemos.


De forma breve, descreve-nos o que fazes atualmente, no teu dia a
dia de trabalho.

Se quiser ser mega resumida, digo que estou responsável pela marca da Infraspeak enquanto entidade empregadora — ou seja, os meus “clientes” são todos aqueles que podem um dia vir a trabalhar na empresa. Dentro disto e como a posição é recente na organização, faço um pouco de tudo, desde estratégia, gestão de comunidades tecnológicas, redes sociais, eventos internos e externos, comunicação interna, gestão de diferentes stakeholders, programa de bem-estar e co-otimização da jornada do colaborador. Para além disso, assisto a equipa de People & Culture no que for preciso. Adicionalmente, comecei também a gerir as redes sociais globais e go-to- market da empresa, o que envolve gerir traduções, planear e criar conteúdo, e a sua operacionalização.


Como descreves a tua profissão? Quais são os pontos positivos e
negativos desta área?

Diria que, como muitas áreas de “backoffice”, às vezes é negligenciada ou pouco valorizada — um grande erro. Para mim, o melhor de trabalhar em Employer Branding é conseguir mostrar que é possível ter um emprego onde podemos integrar o lado pessoal na perfeição, sem descurar na performance e na nossa qualidade de vida. E, para isso, é preciso perceber como é a atual cultura, o que pode ser melhorado e, claro, proceder com as mudanças necessárias. O pior é que há muitas empresas que comunicam o que não são e isso faz com que os candidatos comecem o processo de recrutamento com expectativas desajustadas que, mais tarde, se podem repercutir num mau alinhamento cultural, baixo nível de compromisso, pouca produtividade e, num cenário mais negativo, uma saída precoce da organização.


Que dicas darias a quem está a começar agora a dar os primeiros passos na área do Digital Marketing?

Diria para se rodearem de pessoas da área, independentemente da indústria em que trabalham.

Numa fase inicial (e para sempre), é super importante partilhar diferentes perspectivas, conhecer novos métodos de trabalho e realidades.

Para além disso, sem dúvida, investir em formação. Hoje em dia, temos a sorte de ter todo um mundo digital ao nosso dispor, onde facilmente conseguimos aceder a novo conhecimento.

O bom de instituições de ensino, comunidades e academias — para além dos conceitos teóricos/práticos — é que é possível fazer imenso networking, essencial nos dias de hoje.


Qual a tua opinião sobre o curso de Digital Marketing & Strategy da
EDIT..Que pontos destacas para quem está à procura de uma formação
na área?

Na altura, escolhi a EDIT porque gostei do programa, tinha bom feedback dos tutores e também pelo projeto final.

Olhando para trás, continuo a achar que foi uma boa decisão, uma vez que tive acesso a tudo aquilo que esperava — mentores com experiência e de organizações interessantes, colegas com quem partilhar e aprender, conteúdo educativo que abordava as diferentes áreas do marketing digital e, por fim, a junção de vários cursos num “roleplay” do que seria o meu possível futuro numa empresa, através do projeto de fim de curso.


Estás nomeada para o PWIT Awards 2022. Podes falar-nos mais sobre esta distinção?

As Portuguese Women in Tech são uma comunidade que visa tornar o mundo da tecnologia mais diverso e inclusivo. Têm atividades como summits, hackathons, book clubs, programas de mentoria e, lá está, os awards.

Os PWIT Awards são uma iniciativa anual que celebra e premeia mulheres que trabalham no panorama tecnológico português, em diferentes categorias.

Recentemente, recebi a boa notícia de que fui nomeada para a categoria de Community Lead. Esta nomeação é por si só uma grande vitória, não só por estar lado a lado com mais três excelentes profissionais, mas também por ser um reconhecimento do trabalho que tenho feito com a gestão de comunidades ao longo dos últimos anos.


Tens alguma meta profissional que gostasses de alcançar?

Uff. Pergunta díficil! Tenho várias metas profissionais — ser reconhecida internacionalmente enquanto profissional de Employer Branding, gerir uma equipa e, quiçá, no futuro, aventurar-me para o estrangeiro.


Na área digital cada vez mais temos de definir prioridades e arranjar
métodos para ultrapassar o stress do dia-a-dia. Quais são os teus
hobbies e que métodos utilizas para “desligar” do trabalho?

Felizmente, tenho a sorte de estar numa empresa onde desligar não é assim tão difícil. Há muito respeito e confiança pelo colaborador, o que torna a linha entre a vida profissional e a vida pessoal muito harmoniosa.

De qualquer forma, adoro estar com família e amigos, viajar, fazer ilustrações, passear o meu cão Sardas e conhecer os vários cantos gastronómicos do nosso Porto e, claro, do mundo.



Partilhar:

    Fale connosco

    Interesses

      Subscrever Newsletter

      Interesses