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Como o nosso trabalho é resolver problemas, acho que para além dos skills mais falados, devemos praticar o saber ouvir.
O Design Industrial e o Product Design foram as áreas base do teu percurso académico. Como surgiu o interesse pelo programa UX & UI Design na EDIT. Porto?
A minha área de formação é algo que me deu as bases para quem sou hoje como profissional, mas numa certa fase da minha vida, senti que não iria evoluir muito mais.
Comecei a pesquisar sobre UX/UI e acabei por ir ter ao blog do tutor João Lima – uiux.pt. Na altura vi que ia acontecer um podcast (live) em que ele era convidado. Curiosamente, o podcast era também da tutora Catarina Garcia – MUDOPODCAST e foi aí que apareceu a EDIT.
Cheguei a casa e comecei a pesquisar sobre o curso/conteúdo programático. Senti logo que era a partir daí que iria fazer a minha transição.
Que impacto teve esta formação na tua evolução profissional? E no teu desenvolvimento pessoal?
O impacto foi enorme, dado que fiz a transição de área. A partir daí foi tudo novo. Tento absorver o máximo do dia a dia dos meus colegas e estou pronto para ouvir as pessoas que estão na área. Todos os dias aprendo algo e tenho a sorte de trabalhar com pessoas que têm vontade de transmitir conhecimento.
Sinto que a transição apesar de ser de um mundo diferente, acabou por não ser tão difícil. Industrial Design e UX Design, acabam por se tocar em certos pontos. Nessas áreas existem ferramentas convergentes, tal como a ergonomia/usabilidade, sketches/wireframes, pesquisa, prototipagem e validação. O modus operandi do projecto é bastante comum.
Qual o teu feedback sobre a equipa de tutores? Os seus inputs enquanto profissionais da área enriqueceram a aprendizagem?
Os tutores não podiam ter sido melhores. Além da sua disponibilidade ser total, tentaram também passar ao máximo o seu conhecimento. Saber que o dia a dia deles é passado a trabalhar nesta área, directa e indirectamente, também é um certo conforto.
Qual a tua opinião sobre o Projeto 360º Digital Campaign, e o contacto com pessoas das outras áreas de estudo da EDIT.?
O projecto 360 é bem interessante porque junta uma equipa multidisciplinar para trabalhar num projecto. Nessas semanas, somos uma equipa e simulamos um pouco do que se passa na realidade com todas as suas contrariedades. O lado humano é fundamental nesta parte do processo.
Consideras que o mercado português tem oferta na área do UX/UI Design? Porque devem as empresas apostar em profissionais da mesma, na tua ótica?
Sim, considero. Desde que comecei a conectar-me a esta área, tentei ligar-me às pessoas. E fui percebendo que cada vez mais é preciso mão de obra nesta área. Está mais do que comprovado que uma empresa com pegada no mundo digital tem melhores resultados tendo o UX Design no seu core. Vejo o nosso futuro com bons olhos.
De que modo te manténs atualizado face às novidades e tendências do mundo digital?
Para manter-me actualizado, curiosamente, uso o Twitter. Fui-me apercebendo que os designers de grandes empresas tech estão por lá a falar dos mais variados assuntos. Acabas por sentir uma proximidade com os temas que eles vão abordando. Deixo um top 5 de pessoas que gosto de seguir por lá: @alexmuench, @st8rmi, @femkesvs, @alxmurashko e @edumicro.
Recomendo também a interfacelovers.com – aqui, pode ler-se entrevistas de pessoas da área que falam da sua inspiração, setups e projectos que têm orgulho em ter trabalhado.
Na tua perspetiva, que skills são imprescindíveis para um UX/UI Designer?
Como o nosso trabalho é resolver problemas, acho que para além dos skills mais falados, devemos praticar o saber ouvir. Muitas das vezes temos que perceber o problema melhor do que a empresa ou o user. Então, esse skill é fundamental nessa fase.
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