Carlos Monteiro
Tutor

Entrevista

Falando-nos sobre o seu percurso profissional e projetos em que participou, Carlos Monteiro, Creative Strategist na White Way e tutor do programa Digital Design da EDIT. Lisboa, partilha também nesta entrevista a sua opinião sobre a área da criatividade e tendências.

Criatividade em qualquer meio, canal, suporte, não é mais que melhorar o que pode ser melhorado.


Conta-nos um pouco sobre o teu percurso e experiências profissionais.

Licenciado em Comunicação Social, comecei ao 2º ano a trabalhar em entretenimento e produção televisiva em programas nacionais como o Perfeito Anormal, Gato Fedorento e programas de autoria como o Programa do Zé Pedro, e Especiais de Música, como a cobertura do Rock In RIO Lisboa 2004, 2006, Paredes de Coura 2005 e 2007, Alive 2007 e 2008, tudo na SIC/SIC Radical. A indústria da Música na vertente de Marketing & Comunicação, foi também uma paixão, o que me motivou a trabalhar editoras independentes e me permitiu promover e ativar bandas como Buraka Som Sistema, Macacos do Chinês, Paus e Orelha Negra.

Xennial por natureza, encontrar o verdadeiro amor profissional só se consegue através da experimentação. Assessoria de imprensa (M Public Relations) a marcas foi o primeiro contacto com a criatividade, que abriu portas a contacto com as melhores marcas e empresas no nosso mercado. A consequência foi perceber a origem e o ponto de partida da criatividade em publicidade – planeamento estratégico na Fuel – para rapidamente compreender que a atração era criar e comunicar marcas, serviços e produtos estrategicamente. Mola Ativism e a equipa de criatividade e estratégia de marca foi o elixir para perceber o meu potencial, o meu à vontade, e o meu melhor eu.

A entrada para o mundo digital aconteceu na Isobar através de um convite pela pessoa que mais admiro na área, o João Fernandes, que fez com que a minha competência digital seja o que é hoje. Atualmente lidero o departamento de criatividade estratégica da White Way, agência de estratégia & criatividade do WYgroup.


Como é o teu dia a dia de trabalho? Tens uma rotina definida?

 

 

 

O digging é uma constante e uma prática orgânica, pesquisa e mais pesquisa sobre temas da atualidade, criatividade, Design e tecnologia. Considero MUST READS diários, publicações como a Fast Company, Courier, Business of Fashion, Quartz, Wired, Hypebeast, Highsnobiety, e websites que são referências para a estratégia de marca como o Brand New, Brand identity. Trocar ideias com a equipa, perguntar a outras agências e estrategas do grupo o que têm na cabeça e como resolveram o seu último desafio, para além de resolver os desafios da minha agência, é um dia-a-dia e uma rotina que me agrada.


Partilha connosco um ou dois projetos que te deram especial gosto realizar.

Os 30 anos da Samsung em Portugal, um projeto que tem origem na criação de uma identidade e que teve um ano de ativação de marca. Foi um projeto que me permitiu aplicar uma verdadeira abordagem de storytelling e de uma narrativa complementar e de transmedia. Mais recentemente, o Livro de Inovação da SONAE de 2017, lançado em 2018, em que a criatividade consistiu na ideia de colocar um livro a conversar com o utilizador, através da utilização de beacons e de uma aplicação nativa, que produzia uma interatividade contínua ao longo de um ano.


Na tua ótica quais serão as tendências, num curto-médio prazo, na área do Marketing Digital?

As tendências que rapidamente serão norma padronizada, passam pelo messaging, onde o MessageBird é líder, e blockchain, no que diz respeito a tecnologia. Libra do Facebook é um exemplo pragmático, onde várias marcas e indústrias se uniram para que embarquem nesta nova tendência. Para uma verdadeira experiência de messaging e integração, recomendo a App Quartz Brief.


Utilizas alguns recursos ou plataformas para te manteres atualizado sobre o mundo digital e criativo?

Awwwards, FWA e agências como a RGA, RGA Ventures, Fantasy e a Antler. São uma referência para os melhores trabalhos e para saciar a curiosidade do mundo de negócios e do marketing digital. Para estar mais a par do mundo da automação, os blogs do Salesforce e do Hubspot.


Como é ser tutor do programa Digital Design da EDIT. Lisboa? De que forma gostas de dar as tuas aulas?

Uma experiência inesquecível. Tirar tanto quanto dou é a minha estratégia. Passar o máximo de entusiasmo, de confiança e de abrangência, é o que tento passar aos meus alunos, para que eles possam retribuir na mesma moeda. Motivo a curiosidade, porque é a curiosidade que me motiva a mim e me dá mais competências, cultura criativa e empatia para resolver os desafios das pessoas, das marcas, serviços e produtos.


 Na tua perspetiva quais são as skills essenciais de um profissional da área da criatividade, no digital? E qual a relevância da formação contínua?

Empatia, a capacidade de realmente ouvir, a entrega, o compromisso de e para com a equipa. Acreditar que é um ecossistema de união e que nada se consegue sozinho, perceber que há mundo para além do nosso, e que o que já foi feito pode ser refeito, reinventado e melhorado. Criatividade em qualquer meio, canal, suporte, não é mais que melhorar o que pode ser melhorado.



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