O UX Writing e o SEO devem passar a ser levados mais a sério e enxergados como uma forma de estabelecer uma conexão mais próxima com o público-alvo.
Iniciaste o teu percurso académico na área da Comunicação Social e de Marketing, e Design Digital. Como surgiu o gosto pela área do copywriting?
Eu sempre fui uma leitora voraz e não demorou até que a escrita como hobby fizesse parte da minha vida. Escrever era o que me divertia e me diverte até hoje, ainda que seja uma escrita mais técnica e profissional.
Na tua perspetiva, as empresas/marcas, têm aproveitado todo o potencial do copywriting?
Não. É difícil encontrar empresas que cumpram todas as etapas para um bom UX Writing ou que enxerguem todo o potencial do SEO, por exemplo. Empresas que combinem ambos na perfeição é ainda mais difícil!
Podes destacar alguns exemplos de sucesso que na tua opinião estejam a tirar partido das potencialidades do copy na sua comunicação?
Magazine Luiza é uma marca que está sempre atualizada em termos de SEO, UX Writing, chatbots, atendimento via Facebook, ou seja, no que há de mais recente na comunicação e no marketing digital. O Banco Itaú e a aplicação iFood também desenvolvem muito bem a voz das suas marcas, criando comunicações facilmente reconhecidas.
O que é que achas que ainda pode evoluir neste campo? Qual será a tendência?
O UX Writing e o SEO devem passar a ser levados mais a sério e enxergados como uma forma de estabelecer uma conexão mais próxima com o público-alvo.
O mundo do Marketing Digital está em permanente mudança. Que recursos utilizas para te manteres atualizada?
Acompanho profissionais e marcas em todos os meios de comunicação possíveis, do LinkedIn ao Instagram, passando por Medium, portais dedicados à area, etc.
Há algum projeto em que participes ou tenhas participado e gostasses de partilhar?
Eu participei de um pitch para National Geopgraphic para o que seria o lançamento de uma série sobre a vida em Marte. A proposta da agência era combinar o tema de vida em Marte com as diversas marcas que poderiam anunciar nos comerciais deste programa.
Por isso, foi interessante propor como seriam os conteúdos de social media para que a Nike, a Domino’s ou The Simpsons abordassem este tema.
És tutora do novo Workshop da EDIT. – Digital Copywriting 360. No final do mesmo, o que é que os alunos terão aprendido contigo? Qual será o teu método de ensino?
Terão aprendido a aplicar uma escrita mais estratégica e mais focada no utilizador, sem perder a presença da voz da marca. O meu método de ensino consiste em conversar sobre boas práticas, mostrar exemplos, praticar o que foi aprendido e vermos todos juntos as várias respostas possíveis, para enxergar a pluralidade de possibilidades para um mesmo texto.
Por fim, e na tua opinião, que características deve ter um bom profissional de copywriting para que possa vingar nesta área?
Ser criativo, atento às necessidades da marca, ser capaz de desenvolver empatia pelo utilizador, ser inquieto, curioso, disposto a pesquisar e gostar de refinar o texto até chegar a um resultado ideal.
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