A sessão de abertura proporcionada por Hector Ayuso, mentor do OFFF na sexta-feira, foi um misto da história da sua vida, influências e projetos para o futuro. Seguiu-se uma sessão inspiradora pelo português Vhills que mostrou o seu trajeto desde as suas origens na margem Sul do Tejo até as galerias de arte do mundo inteiro e as dúvidas, inspirações e preocupações sociais nas obras que cria. O primeiro dia estava fechado e era tempo de rumar a outras paragens.
Segundo dia, sábado, começou com Solid Dogma, um projeto português que se intitula como uma creative unit e que se apresentou pela primeira vez enquanto projeto, primando a sua apresentação por alguma irreverência. Em contraponto, a segunda apresentação do dia por Enric Godes, do estúdio multidisciplinar Vasava, apresentou alguns cases do seu trabalho e transmitiu uma imagem de inovação em contraponto a alguma tradição catalã.
Pausa para almoço e para uma tarde que prometia.
Voltámos ao cinema Batalha e o coletivo HelloHikiMori iniciou as hostilidades desta fase. Este estúdio, sediado em Paris e que pauta o seu trabalho por interações entre a música Tecno e estéticas orientais, mostrou o que tão bem produz desde há alguns anos e porque continua a ter um papel de destaque na indústria digital. Após uma apresentação de contrastes visuais, seguiu-se o estúdio inglês Spin, que se carateriza por um design sóbrio e descomplexado, mostrando-nos muito do seu trabalho recente. O coletivo de artistas the Mill era talvez a conferência que mais suscitava expectativas no público presente, casa cheia e um público rendido aos motions graphics, dinâmicas e cases apresentados por estes. Foi também apresentado os open titles desta edição do OFFF Porto e que refletem a criatividade do coletivo e algumas referência urbanas.
Para terminar esta primeira edição em festa, tivemos Vallée Duhamel, um pequeno estúdio formado por Julien Vallée and Eve Duhamel que desconstruiu o seu trabalho meio analógico/meio digital, com pequenas instalações que desafiam as leis da gravidade e da perceção.
De referir que a EDIT. esteve presente neste evento como Education Partner. Para além de uma presença com um stand da escola, apoiou a realização de 2 workshops, um de Digital Creativity pelos This is Pacifica, e outro de UX – User Centered Design pela Diana Santos tutora da EDIT. Porto e UX Designer na Lookatitude. Fornecendo ainda o suporte técnico ao workshop do estúdio Vallée Duhamel.
O saldo final desta primeira edição foi positivo. Embora hajam coisas a melhorar, o sentimento geral do público era de satisfação perante o que assistiu.