Alexandre Gomes
Tutor

Entrevista

Alexandre Gomes é Senior Front-end Developer & UX/UI Designer na Newvision.

As experiências mais produtivas e aliciantes que tive foram com UX/UI designers que tinham “know how” de Front-End.


Tudo começou na Engenharia Química. Como é que o teu percurso académico, e profissional, culminou na área do Front-end development?

Foram uma série de acasos felizes. Na Universidade os meus melhores amigos eram da área de Design Gráfico e aí alimentei a minha paixão pelo design. Entretanto o meu curso tinha uma forte componente computacional, para além de que a minha área de investigação foi em simulação computacional.

Isto, aliado aos primórdios da Internet em Portugal, fez com que eu encontrasse algo que juntava as minhas duas paixões: o design e a programação.
Recentemente, tive a oportunidade de voltar ao design gráfico, sendo o responsável pelo rebranding da NEWVISION.


O teu perfil combina as áreas de Front-End e UX/UI. Quais são, na tua opinião, as mais valias de juntar essas duas áreas?

O primeiro “user-tester” em qualquer aplicação é o Front-End Developer, e muitas vezes é nas suas mãos que problemas de UX/UI são detetados. Ter competências em ambas as áreas  permite antever e encontrar soluções para potenciais problemas antes de chegar à fase de desenvolvimento.


O que fazes atualmente, num dia normal de trabalho? Tens algum tipo de rotina?

Todos os dias, para além do obrigatório café, aproveito o tempo de viagem para o trabalho para mentalmente organizar e planear o que tenho de fazer nesse dia. Quando chego vejo a minha inbox e as minhas feeds/newsletters relativamente às minhas áreas de interesse. É normalmente aqui que me atualizo sobre o que está a ser feito na minha área. O resto do dia é dividido pelos diversos projetos em que estou envolvido: UX/UI, Branding e Front-End, dificilmente tenho um dia igual ao anterior, sendo este um dos aspetos mais aliciantes do meu trabalho atual.
Tendo a sorte de trabalhar numa empresa com uma forte componente de Hardware (design, produção de máquinas e componentes eletrónicos) passo todos os dias na área de produção, onde me ponho a par do que estamos a fazer e produzir a nível a este nível. O que observo e aprendo com esta rotina, influenciou muitas vezes decisões ao nível de Front-End e Branding.


Quais são os maiores desafios, na tua perspetiva, para um Front-end developer?

Estar atualizado! Não só a nível de programação como também a nível de UX/UI e design digital. É fundamental estar a par das tendências que diretamente influenciam a nossa área, já não basta saber novas propriedades e métodos de HTML, CSS e JAVASCRIPT, frameworks, etc.  É preciso ter a capacidade de antever a cada vez maior exigência ao nível de interfaces, usabilidade e performance expectada pelos nossos clientes e designers.


Consideras que todos os designers de UX/UI deviam potenciar os seus conhecimentos de Front-End?

Sem dúvida! Ter conhecimento e competências em ambas as áreas é uma grande mais valia. Não acho que seja necessário ter conhecimento de programação médios ou avançados, basta ter algumas noções do que é possível ou não ser feito e acima de tudo as vantagens/desvantagens que determinadas abordagens/tecnologias ao nível de Front-End podem afetar no produto final.

As experiências mais produtivas e aliciantes que tive foram com UX/UI designers que tinham “know how” de Front-End.


Na tua ótica quais são as tendências que estão a surgir no setor digital e quais as perspetivas de evolução?

Estamos a cimentar a tendência dos últimos anos em ter uma aplicação para todas as plataformas, devido à diminuição drástica de performance entre  “desktop” e “mobile devices” (smart phones, tablets, wearables, etc). Vamos ter novidades potencialmente revolucionárias com “AI centered interfaces” e” AI assisted design”, assim como com “VR interfaces”.

Especificamente ao nível de Front-End Development estamos a ter uma espécie de “sisma” com a crescente  proliferação de single-page application (SPA) e respectivas frameworks/libraries (Angular, React, Vuejs, etc).
O nível de complexidade das mesmas ainda está absurdamente elevado, obrigando a uma certa “especialização” por parte dos developers: uma componente mais programacional para o uso destas ferramentas; e outra mais clássica que se foca mais no HTML, CSS e UI. Até surgir uma ferramenta menos complexa vamos ter cada vez mais esta separação.


E sobre as várias distinções e prémios que recebeste até hoje, de que modo estes contribuem e enriquecem o teu trabalho?

Ter o nosso trabalho reconhecido pelos nossos pares é, sem dúvida é uma enorme fonte de motivação para cada vez fazermos melhor e exigirmos cada vez mais de nós. Para além disso, abriu-me portas para outras oportunidades com as quais pude crescer profissionalmente.

Atualmente os trabalhos que realizo, devido à sua natureza, dificilmente podem concorrer a concursos, apesar de serem, porventura, dos mais desafiantes e enriquecedores que alguma vez fiz. Prémios e distinções devem ser sempre encarados como um “extra”, uma “bela surpresa”. O importante é fazermos trabalhos de que nos orgulhamos e que nos preenchem profissionalmente e claro que satisfaçam os nossos cliente e utilizadores. O resto com trabalho e perseverança vem por acréscimo.


Vais ser tutor do novo Workshop da EDIT., Front-end Development. Quais as expectativas para esta formação?

Ultimamente tenho feito muitas entrevistas para contratação de Front-End Developers, para minha surpresa, verifico que  existe uma enorme lacuna em conceitos base mas fundamentais de HTML e CSS (para não falar de Javascript). A maior parte dos candidatos tem conhecimentos e experiência em frameworks  (Bootstrap, Foundation, HTML5 Boilerplate, WordPress, etc), mas revelam-se incapazes de fazerem algo de raiz.
Espero com este workshop poder, de certa forma, ajudar a combater essa lacuna, ensinando os fundamentos de HTML e CSS, assim como algumas  “tips & tricks”  que mais usamos no dia a dia.



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