O estado do UX em 2018 – Parte I

Artigo

Cada designer é um storyteller, que está a contar uma história para a sua audiência: quer esteja a desenhar uma landing page, uma página de um produto ou um formulário.

A equipa de editores do site uxdesign.cc agregou, nesta que é a reta final do ano de 2017, as tendências do User Experience design para 2018, tendo por base todo o conteúdo relativo a esta temática que partilharam no último ano. Seguem-se algumas delas:

Renascimento

Sem dúvida que nos últimos anos o User Experience design foi alvo de grande atenção por parte das empresas, sendo que algumas das suas práticas se tornaram até comoditizadas. A variedade de plataformas e canais que são desenhados pedem um novo conjunto de skills, metodologias e conhecimento que vão além daquilo que um UI designer clássico de websites e apps pode entregar.

No entanto, não se pode considerar que o UX está “morto” se esta é uma área em constante adaptação e maturação, com os budgets a aumentar e o próprio panorama do design a tornar-se cada vez mais complexo e competitivo. Os próprios designers estão a aventurar-se em novos campos e tecnologias, como a Realidade Virtual; outros estão a focar-se em áreas mais específicas como o Motion Design ou a prototipagem; e alguns estão inclusivamente a atualizar os seus cargos para Product Designers, com vista a ir além do design de interação e concentrar-se mais na estratégia e business.

Neste ponto, importa salientar que esta mudança do UX Design para o Product Design vai acelerar em 2018. O papel e responsabilidades vão crescer dentro das empresas, e ter conhecimento sobre negócio e estratégia de design torna-se “inevitável”. Assim, CRM, métricas, targeting e retargeting e SEM são alguns dos conceitos e ferramentas cruciais para quem trabalha na área do UX Design. Estes profissionais vão, em 2018, tornar-se mais estratégicos no que diz respeito às experiências que vão criar: eles são, também, parte de um negócio.

Imediato

As experiências em tempo real, no mundo do social media, estão a mudar as expectativas das pessoas relativamente aos produtos e serviços que vão colmatar as suas necessidades. Por exemplo, o live streaming nas apps de social media está a crescer bastante rápido, e a regra é simples: é preciso partilhar, agora, e o próprio wi-fi tem redimensionado os espaços físicos nas cidades.

Neste seguimento, os negócios precisaram, e precisam atualmente, de mudar drasticamente para poderem entregar valor aos seus utilizadores e clientes, de uma forma mais rápida e clara. Isto, para ir de encontro às já mencionadas expectativas destes. No ano de 2018, é preciso olhar para o ecossistema que as marcas e os utilizadores partilham, para definir como é que o negócio se pode manter relevante, num mundo dominado pelo imediatismo.

Diversidade

Em 2017 falou-se bastante sobre a aceitação cultural, a diversidade e a inclusão, também no seio das empresas de design. Felizmente, os UX Designers são treinados para “desenhar com a empatia em mente, e é neste sentido que surge o User-Centered Design – o mindset que coloca os utilizadores no processo de design, e assim permite reduzir o gap entre quem está a criar um produto e quem está a usá-lo. Como é sabido, a audiência de determinado produto é inerentemente diferente do designer que o criou, tendo em consideração diferentes idades, géneros, crenças religiosas, visões políticas ou backgrounds culturais.

Daí a importância, também, de incorporar as metodologias de user research de modo a diminuir este gap entre as marcas/produtos e o público. Empresas pioneiras como a Airbnb ou a Microsoft, tornaram as suas equipas, processos e metodologias mais inclusivos, através da criação de toolkits e frameworks próprios.

Storytelling

O storytelling e a escrita nunca estiveram tão presentes no mundo do design”. É fundamental, face a customer journeys cada vez mais fragmentados, que as marcas contem uma história coerente, clara e interessante e ao longo de todos os seus canais. Inclusivamente, foi no ano de 2017 que a indústria do design percebeu a importância de escolher as palavras certas no momento da criação de interfaces, e também de como as experiências desenhadas fazem parte de uma narrativa maior.

Cada designer é um storyteller, que está a contar uma história para a sua audiência: quer esteja a desenhar uma landing page, uma página de um produto ou um formulário. Os chatbots, por exemplo, foram popularizados no campo dos interfaces de conversação, e facilmente demonstraram a importância do copywriting para a experiência do utilizador. Em 2018, prevê-se o crescimento do termo “UX writing”.

Mais previsões sobre o estado do UX em 2018, na parte II deste artigo :)


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