Gabriela Maia
Aluna

Entrevista

Gabriela Maia é UX/UI and Visual Designer na Codigree. Foi aluna no curso UX & UI Design na EDIT. Porto.

A determinada altura comecei a perceber que a comunicação das marcas começava a deixar o papel para se tornar cada vez mais digital.


Podes falar-nos um pouco sobre o teu percurso académico e profissional?

Comecei por tirar o Curso de Design de Comunicação na FBAUP (Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto) e ao longo dos anos fui frequentando pequenos cursos complementares ou workshops que me permitiram fazer coisas diferentes das que fazia no meu dia a dia profissional. Sempre trabalhei em agências de publicidade como Designer Gráfico e estas interrupções ocasionais permitiram-me fazer um “reset” a uma série de constrangimentos diários inerentes (e eu até diria que necessários) à profissão. Um bom equilíbrio.


O que te levou a escolher o curso de User Experience & User Interface Design na EDIT.?

A determinada altura comecei a perceber que a comunicação das marcas começava a deixar o papel para se tornar cada vez mais digital. Comunicar apenas num dos meios começou a significar fazer um trabalho incompleto.

Como tinha muita consciência de que fazer design gráfico noutro meio significava mudar o meu “mindset” e aplicar de uma forma diferente mas necessariamente estruturada e consciente a voz de cada marca, levou-me a escolher a EDIT. Pareceu-me ser uma escola que se debruçava sobre uma área especifica de aprendizagem, concentrando esforços no tema que se propunha explorar – uma abordagem mais realista do que vender a aprendizagem de muita coisa num curto espaço de tempo. Procurava um curso mais aprofundado.


Na tua perspetiva, o know-how adquirido e a rede de contactos criada vieram alterar a tua forma de pensar a profissão?

Descobri uma comunidade que luta para pôr a descoberto a importância que a sua eficácia pode ter, em termos de negócio, numa empresa. Que tenta arranjar formas de interação dentro da própria empresa de modo a pôr a descoberto a sua total relevância no desenvolvimento de um projecto desde a sua base e o seu potencial para alavancar ideias novas e desvanecer pré-conceitos, tidos como certos no inicio do trabalho.

No fundo é uma dificuldade que o Design, de uma forma geral, tem tido sempre.

Como UX/UI design é um área especializada mais recente, ainda está, em Portugal, a abrir caminho neste processo.


E o papel e contributo dos tutores? Foram preponderantes no decorrer do curso?

Claro que sim. A abertura e disponibilidade que demonstraram para esclarecer dúvidas, mesmo após o curso ter terminado, foram fundamentais. Como são pessoas que estão no mercado de trabalho, já passaram por situações cujo relato nos ajuda a perspectivar as coisas em situações semelhantes.

Gostei do método de ensino que aplicaram – fazer um projecto para um cliente real do inicio ao fim permitiu tirar dúvidas passo a passo. Desta forma, o processo foi muito mais bem assimilado pelos alunos.


De forma breve, descreve-nos o que fazes atualmente, no teu dia a dia de trabalho.

Desde o inicio de 2017 estou a trabalhar numa empresa que se dedica em exclusivo à área digital. Estou fora da minha zona de conforto e, pela primeira vez, sem ser numa agência de publicidade. Faço UX, UI e visual design.

Como não me impõe uma metodologia de trabalho, posso aplicar a que creio ser a mais adequada ao projecto que tenho em mãos. Posso passar um ou mais dias a pesquisar os concorrentes do meu cliente, por exemplo.


Quais são os maiores desafios que encontras na tua profissão?

Desafio 1 – tentar demonstrar que o método de trabalho que está a ser aplicado é uma pesquisa/reflexão fundamental que trará retorno à marca que está a ser trabalhada… que não passar directamente para o layout não é estar a perder tempo. Conseguir esse tempo…

Desafio 2 – criar uma boa experiência ao utilizador ou, por outras palavras, fazer um bom trabalho 🙂


Como consideras que se pode destacar quem pretende ingressar no mercado de trabalho na área de UX & UI atualmente?

Creio que cada projecto tem de ser produto de uma reflexão acerca da relação que é possível ser encontrada entre o produto/serviço e o seu utilizador. Criar relações, criar laços entre quem oferece e quem procura é fundamental. O digital não é um meio frio e distante de passar mensagens, pelo contrário. Achei curioso que, contra todas as minhas expectativas iniciais e começando a ser utilizadora frequente, tenha tido relações mais próximas e confiáveis com marcas online do que com marcas em algumas lojas físicas. É como se, por estar longe, o digital tenha arranjado forma de se tornar próximo, no cuidado que tem com o utilizador.

Se esse design emocional conseguir ser passado nas experiências que damos aos utilizadores creio que estamos a fazer o mais importante – comunicar com eles.

E isso faz toda a diferença porque, se for bem tratado, o utilizador não ficará pela primeira visita.



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