David Marques 
Tutor

Entrevista

David Marques é Post Production Manager na Farfetch e tutor da EDIT. Porto. Em entrevista, conta-nos o seu percurso e quais são os principais desafios que um UX/UI Designer enfrenta, além das tendências na área, num curto-médio prazo.

As grandes transformações e desafios são, na minha opinião, desenhar produtos numa verdadeira cultura de pensamento crítico, iterativo e sustentado estrategicamente numa visão orientada para a experiência dos utilizadores.


Conta-nos como foi o teu percurso académico e experiências profissionais.

A minha formação é em Design de Produto. Posteriormente frequentei estudos pós graduados em Design Management e concluí o mestrado em Design na especialização de Design de Produto e Interfaces. Fui docente no ensino superior para as disciplinas de Laboratório Digital (design digital), Modelos e protótipos (design de produto) e Projeto de Produto nas Escola Superior de Artes e Design. Paralelamente à minha carreira de docente, fundei uma agência de comunicação onde trabalhei com imagem digital e estratégias de comunicação, participei na Triennale di Milano como produtor executivo da representação de Portugal, fui UX manager na Namecheap,Inc e Lead Product Designer na SURFnCODE.


Na tua opinião, quais são os principais desafios que um UX/UI Designer enfrenta?

Alguma falta de maturidade das empresas de absorverem uma cultura de design e dar algum espaço a novas estratégias fundamentadas pelo design thinking. Procura-se inovação e produtos de sucesso, mas a abordagem de gestão é ainda tradicional e coloca o UX design limitado ao universo das operações e desenho de interface. As grandes transformações e desafios são, na minha opinião, desenhar produtos numa verdadeira cultura de pensamento crítico, iterativo e sustentado estrategicamente numa visão orientada para a experiência dos utilizadores.

Ao nível das operações de design, o grande desafio é ter acesso a boa informação relativamente aos utilizadores, de modo a poder tomar decisões e desenhar soluções otimizadas e relevantes.


Quais serão as tendências nesta área, num curto-médio prazo, na tua ótica?

A transfiguração dos interfaces para uma experiência de imersão sensorial, (exemplo a realidade virtual e realidade aumentada) e a desmaterialização do interface háptico para interfaces sonoros baseados na conversação.


Utilizas algum tipo de recursos/plataformas para te manteres atualizado e a par das novidades da área?

Sempre que possível, vou acompanhando os posts do Medium, UX Collective , o blog do InVision tem material muito bem sistematizado: Design better . É interessante o esforço que as ferramentas da disciplinas apresentam ótimos recursos – destaco também os blogues da Adobe e o Figma.

Também consumo podcasts (ex.:

Também consumo podcasts (ex.: Youtube – High Resolution e Uibreackfast) e livros técnicos sobre temas de UX, design, gestão e outras frameworks de trabalho.

O site do NN group é também uma referência, mas os conteúdos estão um pouco presos a uma visão tradicionalista da UX.

 


Serás tutor do novo curso intensivo UX Foundations da EDIT. Porto. Que dinâmicas consideras importantes incluir nas tuas aulas, tendo em conta a área que lecionas?

Apresentar os conteúdos aliando a minha experiência profissional, transformar os conteúdos em coisas reais que os participantes no curso consigam transportar para a memórias das suas experiências. É também importante dar a oportunidade de aplicar em pequenos exercícios ao longo dos módulos, apenas para concretizar a teoria, levantar dúvidas e aprender com os erros.


Que skills são fundamentais para um profissional de UX/UI Design?

Empatia com o utilizador, uma mente aberta e curiosa para poder visualizar os desafios sob diferentes lupas, facilidade em comunicar e concretizar experiências de utilização de produtos. Não menos importante é reconhecer padrões de lógica na utilização de produtos digitais.


Por fim, que conselho darias a quem ambiciona enveredar por este mercado, e não sabe por onde começar?

Ver muitos exemplos, ouvir experiências de designers e como abordam os problemas que lhes são apresentados e tentar fazer um produto piloto. Mesmo que a probabilidade de falhar nas primeiras tentativas seja elevada, o facto de assumir um compromisso com um utilizador pelo qual vai ter que saber mais a cada iteração, prototipar uma ideia, apresentar e receber feedback, cria uma rotina de pesquisa e trabalho que será basilar ao processo de design iterativo e ao desenho de experiências.



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