Monica Dioconde
Tutor

Entrevista

Monica Dioconde, Senior UX Specialist & Team Leader na Hi-Interactive, e fala-nos sobre a sua experiência no mercado brasileiro e do crescimento do UX Design.

A minha perceção sobre o mercado português é de que o UX está, cada vez mais, a ganhar espaço, e de que este é um bom momento para se ser um profissional dessa área.


Começaste por ter formação em Design Gráfico. Como surgiu a tua entrada na área da experiência do utilizador? Explica-nos um pouco o teu percurso.

Ainda na faculdade, entre o fim de 2007 e início de 2008, tive a oportunidade de estagiar no Laboratório de Informática do Curso de Design e, enquanto isso, pude acompanhar aulas mais avançadas das turmas mais antigas. Com isso, decidi direcionar a minha carreira para essa área. Logo a seguir, o meu primeiro estágio fora da universidade consistiu em trabalhar com experiência do utilizador como parte da equipa de marketing de um projeto de E-commerce da minha cidade. Desde então, tive a possibilidade de estar sempre a trabalhar na área digital de Design de Interfaces UX.


Tens uma rotina de trabalho? Ou cada dia é diferente?

Posso dizer que tenho determinadas fases de trabalho para cada projeto mas que, cada dia, acaba por ser diferente porque cada projeto tem as suas próprias necessidades. Como o UX consiste em trabalhar com pessoas (ainda que através de interfaces digitais) cada projeto acaba por ter os seus próprios desafios e aprendizagens.


Consideras que a experiência do utilizador é crucial nos projetos digitais hoje em dia? Qual é, na tua perspetiva, o ponto da situação desta área em Portugal? Quais as principais diferenças com o Brasil?

Ter cuidado com o planeamento de UX é mesmo crucial, especialmente para startups e para quem quer entrar no mercado pois, com tantos concorrentes à distância de apenas um clique, oferecer a melhor experiência possível é fundamental para um negócio ter sucesso. Vejo uma grande mais valia em ter tido a minha formação no Brasil pois devido a uma maior proximidade com o mercado dos Estados Unidos, muitas das metodologias e práticas do mercado norte-americano chegam lá um pouco antes do que chegam a Portugal. A minha perceção sobre o mercado português é de que o UX está, cada vez mais, a ganhar espaço, e de que este é um bom momento para se ser um profissional dessa área, aqui.


Indica-nos um ou dois bons exemplos que, na tua opinião, se destacam ao nível do design de experiência.

Gosto muito do Slack para mensagens entre equipas. Sou utilizadora desde 2015 e pude perceber imensas melhorias que ocorreram desde então. Todas elas, claramente, partiram do foco da empresa nas necessidades dos utilizadores.


Quais foram, para ti, os maiores desafios de trabalhar em projetos de UX para um banco como o HSBC?

Certamente o maior desafio foi a dimensão da empresa – uma multinacional, com escritórios em diversos países, e com guidelines globais a serem seguidas e adaptadas para os utilizadores brasileiros. Também tendo em consideração a legislação do país, que é bastante extensa na área financeira. Acho que, até hoje, foi o momento de maior crescimento profissional na minha carreira. O ambiente era muito dinâmico e os projetos eram muito desafiantes. Foi mesmo uma oportunidade fundamental na construção da designer que sou hoje.


Na tua ótica que desafios enfrentam aqueles que pretendem entrar no mercado do UX design? Que características consideras que deve ter um bom profissional neste campo?

Os maiores desafios desta profissão, na minha opinião, são dois: estar aberto a receber críticas relativas ao próprio trabalho – pois normalmente estamos a lidar com ideias e expetativas de outras pessoas – e, também, de mantermos o nosso foco na apresentação de soluções que, ao mesmo tempo, atendam às necessidades do cliente e dos utilizadores finais. Por vezes, acabamos por ser vencidos pelas expetativas dos clientes e elas nem sempre correspondem às necessidades do utilizador, então o nosso papel é trazer sempre essa perspetiva para os projetos.


Quais as tuas expectativas para o curso UX & UI Design na EDIT. Lisboa? Estás a gostar da experiência de ser tutora?

As minhas expetativas são a partilha de conhecimentos e, dessa forma, crescer junto dos alunos. Percebo que isso já está a acontecer e, por isso, está a ser uma grande experiência. Não apenas por ser a primeira vez que leciono este tipo de aulas em Portugal mas, também, pelo facto de que as turmas são muito interessadas, o que faz com que os projetos e trabalhos fluam com grande dedicação por parte deles. Fico mesmo feliz por cada dúvida e desafio que me apresentam.​



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