Fábio Fernandes
Business Data Analyst

Entrevista

Fábio Fernandes é Business Data Analyst na Jumia Group e tutor da EDIT. no Programa de Data Science & Business Analytics. Em entrevista, conta-nos o seu percurso, como é a sua rotina de trabalho, quais são os maiores desafios para um Data Analyst e ainda nos diz porque devem as empresas apostar em profissionais especializados em análise de dados.

Cada vez mais as empresas olham para os dados como um ativo da empresa. Um recurso que transformado, governado e disponibilizado aos utilizadores certos é e será um complemente importante para a tomada de decisão do negócio.


O teu percurso académico começou na área do Marketing. Fala-nos
um pouco sobre o teu percurso, e sobre as tuas experiências profissionais.

Depois de ter terminado a carreira profissional desportiva em Basquetebol, o Marketing era uma área muito próxima e onde tive oportunidade de começar a trabalhar. Voltei à universidade para tirar a lincenciatura de gestão de Marketing e durante a licenciatura as cadeiras de análise de dados despertaram-me o interesse pela Analytics e comecei a investigar mais sobre o assunto. A semente já estava lá, porque durante a carreira desportiva, tentava consumir o máximo de informação através dos dados estatísticos sobre a minha performance e a do adversário e por isso foi muito confortável entender os conceitos e a importância/valor que análise de dados pode acrescentar para qualquer área. Depois de terminar a licenciatura, surgiu um desafio de começar a trabalhar numa consultora, a F5tci, que se dedicava inteiramente a projetos de business inteligence, onde aprendi imenso nos projetos que desenvolvemos. Continuei com a formação universitário e frequentei a Pós-gradução de BI & Analytics na Porto Business School. Durante a formação tivemos 2 projetos práticos que me permitiu ter mais experiência em analises mais avançadas e criar modelos preditivos, modelos clustering e sistemas de recomendação.
Atualmente estou na Jumia como Business anlyst, na equipa central de E Commerce BI & data science, focado em projetos nas segmentos de negócio de Logística, On-demand (entrega de comida) e Prime.


Como é o teu dia a dia de trabalho? Tens algum tipo de rotina?

 

As primeiras tarefas do dia é rever os emails e chats para verificar se não existe nenhum problema com os dados, e garantir que os reports estão atualizados.
Trabalhamos por sprints de duas semanas, portanto a rotina acaba por ser semanal e acompanhamento diário aos temas que temos em sprint, planear e preparar os temas para os futuros sprints. Acompanhar o negócio nas suas evoluções e transformações para que depois os sistemas de reporting reflitam as mesmas.

 


Quais são os maiores desafios para um Data Analyst?

 

Um dos maiores desafios é diminuir o gap entre as tecnológias e o negócio.
Estas duas vertentes do negócio tem que trabalhar em conjuto e muitas vezes o papel de business data analyst é fazer essa tradução da linguagem do negócio para linguagem tecnológica e vice-versa. Acompanhar a evolução tecnológica de forma a disponibilizar as melhores soluções aos
utilizadores finais.


Porque devem as empresas, na tua ótica, apostar em profissionais
especializados em análise de dados? Qual a importância desta área hoje
em dia, e no futuro?

Cada vez mais as empresas olham para os dados como um ativo da empresa. Um recurso que transformado, governado e disponibilizado aos utilizadores certos é e será um complemente importante para a tomada de decisão do negócio. O dado está inerentemente ligado a capacidade de
escalabilidade e rapidez com que a organização responde ao mercado, cada vez mais, global e competitivo.
A informação certa na hora certa faz a diferença no crescimento de qualquer empresa. Para que tudo que referi anteriormente funcione, é
fundamental ter recursos com competências que façam a gestão dos dados
e que aportem valor à informação que criam e disponibilizam.


Para serem bem sucedidos e conseguirem destacar-se no mercado, que skills e know-how devem ter estes profissionais, na tua opinião?

A capacidade de resiliência, muita curiosidade pelo desconhecido, persistência, pensamento critico, criatividade são capacidades que
ajudaram a encontrar soluções para os problemas. Em termos de conhecimento mais técnico SQL é e continuará a ser uma linguagem presente em qualquer projeto. Na vertente de dashboards/reports é muito mais importante saber os conceitos e layers de como construir um report como Power BI ou Qlik. Nas análise avançadas até ao momento, Python tem sido a linguagem de programação que tem dado mais versatilidade, escabilidade aos projetos que estive envolvido.
E para quem está a entrar na área é algo que deve investir algum tempo.


Que conselhos darias a quem tivesse como objetivo entrar neste
mercado, atualmente?

Aprender os conceitos e objectivos de cada análise de dados e onde podem ser aplicados. Qualquer experiência de passado pode ajudar neste mercado. Vou dar um exemplo pessoal, no passado estive em formações em design e os conceitos que aprendi nessa altura ajudam-me imenso na construção de reports, no layout da página, na escolha das cores. Algo que nunca pensei que me ajudaria hoje em dia. Uma elevada curiosidade em aprender novos conceitos e ser um eterno aluno.


Serás tutor do curso intensivo Data Science & Business Analytics da EDIT. Porto. Quais são as expectativas? De que forma planeias lecionar as
tuas aulas?

Irei aprender imenso ao partilhar informação e experiências com os alunos e ver como eles reagem aos desafios apresentados.
Apresentar os conceitos numa vertente teórica e também numa vertente mais prática, com partilha de experiências profissionais e desafios que ajudem os alunos a captar e compreender o conceito apresentado.
Grato pelo convite e desejo maior sucesso à equipa de tutores e aos
alunos.



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