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Cada vez mais as empresas olham para os dados como um ativo da empresa. Um recurso que transformado, governado e disponibilizado aos utilizadores certos é e será um complemente importante para a tomada de decisão do negócio.
O teu percurso académico começou na área do Marketing. Fala-nos
um pouco sobre o teu percurso, e sobre as tuas experiências profissionais.
Depois de ter terminado a carreira profissional desportiva em Basquetebol, o Marketing era uma área muito próxima e onde tive oportunidade de começar a trabalhar. Voltei à universidade para tirar a lincenciatura de gestão de Marketing e durante a licenciatura as cadeiras de análise de dados despertaram-me o interesse pela Analytics e comecei a investigar mais sobre o assunto. A semente já estava lá, porque durante a carreira desportiva, tentava consumir o máximo de informação através dos dados estatísticos sobre a minha performance e a do adversário e por isso foi muito confortável entender os conceitos e a importância/valor que análise de dados pode acrescentar para qualquer área. Depois de terminar a licenciatura, surgiu um desafio de começar a trabalhar numa consultora, a F5tci, que se dedicava inteiramente a projetos de business inteligence, onde aprendi imenso nos projetos que desenvolvemos. Continuei com a formação universitário e frequentei a Pós-gradução de BI & Analytics na Porto Business School. Durante a formação tivemos 2 projetos práticos que me permitiu ter mais experiência em analises mais avançadas e criar modelos preditivos, modelos clustering e sistemas de recomendação.
Atualmente estou na Jumia como Business anlyst, na equipa central de E Commerce BI & data science, focado em projetos nas segmentos de negócio de Logística, On-demand (entrega de comida) e Prime.
Como é o teu dia a dia de trabalho? Tens algum tipo de rotina?
As primeiras tarefas do dia é rever os emails e chats para verificar se não existe nenhum problema com os dados, e garantir que os reports estão atualizados.
Trabalhamos por sprints de duas semanas, portanto a rotina acaba por ser semanal e acompanhamento diário aos temas que temos em sprint, planear e preparar os temas para os futuros sprints. Acompanhar o negócio nas suas evoluções e transformações para que depois os sistemas de reporting reflitam as mesmas.
Quais são os maiores desafios para um Data Analyst?
Um dos maiores desafios é diminuir o gap entre as tecnológias e o negócio.
Estas duas vertentes do negócio tem que trabalhar em conjuto e muitas vezes o papel de business data analyst é fazer essa tradução da linguagem do negócio para linguagem tecnológica e vice-versa. Acompanhar a evolução tecnológica de forma a disponibilizar as melhores soluções aos
utilizadores finais.
Porque devem as empresas, na tua ótica, apostar em profissionais
especializados em análise de dados? Qual a importância desta área hoje
em dia, e no futuro?
Cada vez mais as empresas olham para os dados como um ativo da empresa. Um recurso que transformado, governado e disponibilizado aos utilizadores certos é e será um complemente importante para a tomada de decisão do negócio. O dado está inerentemente ligado a capacidade de
escalabilidade e rapidez com que a organização responde ao mercado, cada vez mais, global e competitivo.
A informação certa na hora certa faz a diferença no crescimento de qualquer empresa. Para que tudo que referi anteriormente funcione, é
fundamental ter recursos com competências que façam a gestão dos dados
e que aportem valor à informação que criam e disponibilizam.
Para serem bem sucedidos e conseguirem destacar-se no mercado, que skills e know-how devem ter estes profissionais, na tua opinião?
A capacidade de resiliência, muita curiosidade pelo desconhecido, persistência, pensamento critico, criatividade são capacidades que
ajudaram a encontrar soluções para os problemas. Em termos de conhecimento mais técnico SQL é e continuará a ser uma linguagem presente em qualquer projeto. Na vertente de dashboards/reports é muito mais importante saber os conceitos e layers de como construir um report como Power BI ou Qlik. Nas análise avançadas até ao momento, Python tem sido a linguagem de programação que tem dado mais versatilidade, escabilidade aos projetos que estive envolvido.
E para quem está a entrar na área é algo que deve investir algum tempo.
Que conselhos darias a quem tivesse como objetivo entrar neste
mercado, atualmente?
Aprender os conceitos e objectivos de cada análise de dados e onde podem ser aplicados. Qualquer experiência de passado pode ajudar neste mercado. Vou dar um exemplo pessoal, no passado estive em formações em design e os conceitos que aprendi nessa altura ajudam-me imenso na construção de reports, no layout da página, na escolha das cores. Algo que nunca pensei que me ajudaria hoje em dia. Uma elevada curiosidade em aprender novos conceitos e ser um eterno aluno.
Serás tutor do curso intensivo Data Science & Business Analytics da EDIT. Porto. Quais são as expectativas? De que forma planeias lecionar as
tuas aulas?
Irei aprender imenso ao partilhar informação e experiências com os alunos e ver como eles reagem aos desafios apresentados.
Apresentar os conceitos numa vertente teórica e também numa vertente mais prática, com partilha de experiências profissionais e desafios que ajudem os alunos a captar e compreender o conceito apresentado.
Grato pelo convite e desejo maior sucesso à equipa de tutores e aos
alunos.
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