As skills mais relevantes para os Digital Product Designers

Artigo

Se vês o teu futuro no Digital Product Design, ou já atuas na área e gostavas de saber em que skills apostar e desenvolver para crescer profissionalmente, apresentamos-te neste artigo as 5 principais.

Se és um Digital Product Designer ou ambicionas ser, terás certamente curiosidade em saber quais as skills que deves aprofundar e estudar. Existem várias, que vão desde o Visual Design, ao UX Design, Toolkit, Processo, Cultura, Comunicação, Transparência, Padrões e Product Thinking.

Detalhamos abaixo 5 das principais skills, originalmente partilhadas num artigo do Medium:

Perícia/Habilidade

Pode ser apelidado de Visual Design, sendo que algumas empresas hoje ainda têm visual designers. Esta habilidade significa que se tem um alto nível de qualidade na execução do produto final. Aspetos como o alinhamento e espaçamento, a boa hierarquia tipográfica e elementar, o contraste de cores, movimento de bom gosto e transições, voz e personalidade ou manter o peso da linha apropriado para a iconografia, integram esta skill.

Neste sentido, é importante aprender noções básicas de design como CRAP, isto é, Contraste, Repetição, Alinhamento e Proximidade. Relativamente à formação académica, a habilidade irá depender da prática que se tem com o meio. Ou seja, as aplicações são produtos baseados em ecrãs, o que significa que as pessoas formadas e com algum “treino” em design gráfico já estão predispostas a serem boas no design de interface do utilizador.

Lógica do produto de baixo nível

Exemplificando com o caso do designer gráfico, a forma como este desenha um livro varia consideravelmente em comparação ao momento em que desenha um poster ou cria uma app.

Existem certas convenções que a forma do produto irá ditar. Por exemplo, as convenções de navegação num site são diferentes da forma de uma app Android. As interações possíveis nos dispositivos são diferentes, por isso é preciso criar estados de carregamento (à medida que a solicitação da API leva o seu tempo), além de estados vazios (solicitações de API podem retornar num conjunto vazio) que não será preciso fazer se o formulário for físico, como um livro.

Aprender e praticar isso é o que se pode chamar de “lógica de produto de baixo nível”. Acontece muitas vezes quando os designers gráficos são completamente novos no design de produtos digitais: geralmente criam aplicações que se parecem muito mais com revistas do que com aplicações.

Embora a inovação seja possível com lógica de produto de baixo nível, esse é o momento de ajudar o utilizador a estar num ambiente previsível.

Os utilizadores passam a maior parte do tempo noutros sites. Isto significa que os utilizadores preferem que determinado site funcione da mesma maneira que todos os outros sites que já conhecem. Como melhorar nisso? Prática, estudo e observação. É necessário ser-se observador para estar a par das convenções de produto, que estão constantemente a desenvolver-se e a mudar.

Lógica do produto no mundo real

Por vezes pode-se apelidar de “pensamento do produto“, e refere-se às consequências do mundo real, do trabalho do designer. Este está a tentar ajudar as pessoas a selecionar o restaurante perfeito para uma data? Ou a ajudá-los a inscrever-se num evento? Ou talvez esteja a tentar ajudar pessoas em locais remotos a fazer uma chamada de vídeo eficaz.

A série de ecrãs que se apresenta ao utilizador ajuda-o a conseguir isso? A lógica de produtos do mundo real sabe que os controlos, o copy e o ecrã que se projetou são, em última instância, destinados a ajudar o utilizador a realizar algo (ou a empresa conseguir alguma coisa). E a empatia, não pode ser esquecida.

Abordagem e táticas

Esta é a parte onde o processo de design e as ferramentas entram. Com o tempo, o Digital Product Designer irá recolher e agregar várias ferramentas. Pode estar a aprender ferramentas de software como React, Figma ou Principle, ou ferramentas de pesquisa qualitativa, como entrevistas com utilizadores, ou quantitativa, como entender DAUs (Daily Active Users), MAUs (Monthly Active Users) e coortes.

Com o tempo, pode até transformar isto num processo, mas é preciso aprender a ser ágil com as ferramentas: além de saber como usar uma ferramenta, é preciso saber quando e se é preciso usar alguma ferramenta, dadas as restrições do problema em questão. Por isso é que se pode chamar de “abordagem e tática” em vez de processo.

Skills interpessoais e organizacionais

O trabalho de design pode já estar feito, mas é preciso ser-se igualmente cuidadoso sobre como se partilha e apresenta esse trabalho. Se o Digital Product Designer está numa equipa, como usualmente acontece, como é que este deve colaborar? De que forma deve dar feedback? Como deve reagir ao receber um feedback mais duro? Estas são todas skills-chave que um designer precisa de dominar se pretender prosperar no ambiente de trabalho.

As skills de comunicação, a capacidade de facilitar reuniões e conversas, construir conexões e ganhar influência, skills de colaboração, capacidade de receber feedback, falar, entre outras, são as chamadas skills interpessoais e organizacionais.

Esperamos que estas dicas possam ser úteis para a definição do teu percurso enquanto Digital Product Designer, para que estejas a par dos pontos-chave cruciais, referentes às skills, em que deverás apostar o mais brevemente possível.

Fonte.


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