UX for emotions

Artigo

“É importante um UI/UX Designer explorar dedicadamente a capacidade emocional humana e provocar experiências positivas evitando as negativas”. O UI & UX Designer da CAETSU e tutor da EDIT. Porto, João Lima, realça neste artigo a importância da formação de conexões emocionais dos profissionais desta área com os seus utilizadores, e esclarece alguns pontos cruciais. Sabe mais sobre o “UX for Emotions”.

Quais as razões para as pessoas agirem de um certo modo?
Quais as razões para as pessoas não adotarem comportamentos semelhantes?
Quais as razões para certas pessoas desistirem e outras persistirem?

A capacidade humana centra-se nas emoções que são dirigidas pelas experiências positivas e as experiências negativas. O ser humano cria conexões emocionais com pessoas, objetos, cheiros, cores, sabores, sons, e também com produtos digitais, como por exemplo: o instagram.

Assim, e já no âmbito digital, é importante um UI/UX Designer explorar dedicadamente a capacidade emocional humana e provocar experiências positivas evitando as negativas.

Como UX Designers conseguimos formar conexões emocionais com os seres humanos através de três níveis, o visceral, comportamental e reflexivo.

Visceral, invoca a primeira impressão. Diz respeito à estética e à qualidade percebida na aparência inicial. Nesta camada, o UX Designer deve interpretar quais foram as reações sobre um respetivo item.

Comportamental, diz respeito à usabilidade de um produto digital. A eficácia e eficiência de um item ao desempenhar os seus propósitos e concretizar os objetivos do utilizador. O UX Designer deverá absorver justificações e factos que abonem ou não a favor de uma interação.

Reflexivo, provoca o utilizador. Há espaço para explorar emoções e sentimentos do utilizador. Como faremos o utilizador desejar reservar agora, no imediato, um quarto no Hotel? (Interesse, adoração, ansiedade, encantamento, triunfo, medo, inveja…).

Ao longo do tempo UX Designers têm explorado a importância de equilibrar os estados emocionais dos utilizadores. Entramos então no domínio do Design Afetivo, criado com o propósito de capturar atenção do utilizador, desencadeando uma emoção que, por sua vez, “obriga” a um comportamento.

Devemos conduzir o utilizador por emoções para que se convertam em comportamentos e ações. O comportamento do utilizador é o recurso que utilizamos para conseguir guiá-lo até ao seu objetivo/necessidade. Resumindo o raciocínio: se a emoção foi positiva, o utilizador vai sentir-se motivado e convertemos o utilizador ao comportamento desejado (clique/compra/partilha/registo). Caso a emoção seja negativa, haverá um défice de motivação e não convertemos o utilizador ao comportamento pretendido.

Nos anos 50 e 60,  Abraham Maslow, psicólogo americano desenvolveu a teoria de que “não importa nossa idade, sexo, raça ou posição na vida, todos nós temos necessidades básicas”. Esta teoria resultou num esquema, a Pirâmide das Necessidades, que ilustra em forma hierárquica todas as nossas necessidades.

E se realizássemos a “Pirâmide das Necessidades Digitais do Utilizador”? Como seria?


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