Vasco Teixeira Pinto
Tutor

Entrevista

Vasco Teixeira Pinto desempenha atualmente o cargo de Head of Digital and Growth at NOSSA™ e é tutor da EDIT. - Disruptive Digital Education. Conheça, nesta entrevista, um pouco melhor o percurso profissional de Vasco e, ainda, a sua paixão, "Growth Hacking"!

O exemplos clássicos são a Airbnb, a Dropbox e o Quora. Cada uma delas utilizou técnicas que os fizeram atingir um crescimento exponencial de utilizadores num curto espaço de tempo.


Fala-nos um pouco do teu percurso profissional e da tua rotina de trabalho.

Costumo dizer que o meu percurso profissional é um pouco esquizofrénico. Depois de tirar o curso de engª Informática, segui o caminho natural de consultoria e programação na Indra. Durante quatro anos, estive envolvido e liderei equipas de desenvolvimento de Software. Posteriormente, passei para a Randstad onde fiz gestão de projeto.

A minha paixão por marcas e publicidade fez-me aceitar a representação de uma marca de óculos (a District Eyewear) e lançar uma startup – O mykubo.com. Estive durante um ano como CEO e aprendi bastante, até que fui desafiado para liderar a área digital da NOSSA.


A tua formação base é um IT, como vieste parar ao marketing?

Se tivermos sorte e estivermos atentos às oportunidades, conseguimos vir a fazer aquilo que mais gostamos. Era um objectivo, neste momento concretizado.

Claro que a necessidade do mercado teve muito a ver com isso. Como defendo nos meus workshops de Growth Hacking, num mundo cada vez mais digital tem de haver uma fusão entre a engenharia e o marketing.


Explica-nos no que consiste o Growth Hacking e qual é o papel de um Growth Hacker numa empresa.

O Growth Hacking, como o nome indica, é uma forma não convencional de crescimento. É encontrar o oceano azul no mundo digital.

Apareceu nas atuais maiores empresas do mundo que há menos de 10 anos eram só startups. Por isso, parte dos princípios do marketing mas implementados de forma disruptiva e com um foco enorme no crescimento de utilizadores , likes, impressions ou vendas.

O papel de um Growth Hacker numa empresa pode ser dividido entre criatividade digital e análise de dados para melhoria. Todas as empresas têm os seus canais digitais. Estes canais têm de ser monitorizados, temos de saber o que está a acontecer em cada passo do percurso do consumer journey e estarmos prontos a rodar os botões para melhorar as conversões. Um Growth Hacker tem a responsabilidade de manter estes canais em crescimento, utilizando metodologias de análise (como a Lean Marketing Framework), e a arranjar formas não convencionais de crescimento que façam sentido para a marca/empresa onde trabalham.


Quais são as principais diferenças entre o Growth Hacking e o Marketing?

Não podemos considerar que sejam diferentes. Eu defendo que é uma evolução do marketing tradicional. Uma evolução natural para um ecossistema que é maioritariamente digital e onde a engenharia, a tecnologia, ou seja, o profundo conhecimento do meio, é um game changer.


Achas que o Growth Hacker vai substituir o Marketeer?

Acho que numa primeira fase, o Growth Hacker vai complementar o Marketeer. A médio prazo, se o Marketeer quiser evoluir, torna-se uma versão 2.0 que irá certamente substituir o 1.0.


Quais são as principais características que um Growth Hacker precisa de ter?

Na minha opinião, deve ser em primeiro lugar criativo. Deve ter espírito empreendedor. Tem de ter um profundo conhecimento do meio e das suas capacidades, por isso, a ligação à tecnologia é fundamental, não sendo necessário que tenha formação nessa área (se tiver, melhor).

Hoje em dia, os chamados millennials já têm esta ligação. E é claro, tem de ter noções de marketing, de vendas, do consumidor e do mercado.


Achas que é vantajoso as empresas / startups contratarem um Growth Hacker? Porquê?

Vai depender das empresas. Para contratarem um Growth Hacker as empresas têm de superar alguns obstáculos que podem existir. O principal é o facto de não quererem assumir o risco do Growth Hacking.

O crescimento exponencial e as formas não convencionais têm vantagens (como na maior parte das vezes budget reduzido) mas trazem um risco (controlado). Risco de correr mal, risco de ser demasiado disruptiva (reputação da marca/estabilidade). No que diz respeito a Startups tecnológicas é obrigatório.


Podes dar alguns exemplos concretos de empresas (internacionais e nacionais) que estejam a recorrer a esta área de forma positiva?

O exemplos clássicos são a Airbnb, a Dropbox e o Quora. Cada uma delas utilizou técnicas que os fizeram atingir um crescimento exponencial de utilizadores num curto espaço de tempo.


Quais são as principais ferramentas usadas por ti enquanto Growth Hacker?

Bom, são as mais variadas, dependendo da área de intervenção.

Neste post podem ver um toolkit organizado.


Indica dois livros e dois websites de referência para quem quer aprender mais um pouco sobre este tema.

Os Livros:

The Lean Entrepreneur by Patrick Vlaskovits

Growth Hacker Marketing by Ryan Holiday

O websiteGrowth Hackers.com


O que gostas de fazer nos teus tempos livres?

Tenho duas filhas pequenas 🙂   O tempo livre é praticamente delas. Mas sempre que posso, snowboard, é o meu vício. Outro vício é o padel.


Tens alguma meta a cumprir nos próximos tempos?

Fazer crescer o interesse no Growth Hacking em Portugal e convencer os nossos clientes de que a criatividade e o risco monitorizado compensam.


Podes deixar um conselho para os nossos alunos que pretendem entrar nesta área?

Não sei se deva aconselhar, mas posso deixar um apelo aos programadores que estão em áreas fora do marketing e publicidade: Saiam da CAVE.

Esta indústria precisa de vocês, precisa da vossa criatividade digital e do vosso profundo conhecimento dos meios.



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