Catarina Barata
Tutor

Entrevista

Catarina Barata, Business Development Director na AMNET, é tutora de Mobile Marketing no curso Digital Marketing & Strategy na EDIT. Lisboa e aconselha a todos os profissionais da área: "Sejam diferentes, sejam melhores do que vocês mesmos esperam e desejam."

Adotámos o smartphone como o ‘nosso parceiro no crime‘ e temos com ele uma das poucas relações da qual não abdicamos.


 

Fala-nos um pouco sobre a tua formação e percurso profissional.

Gosto de publicidade desde que me lembro e por volta dos 12/13 anos e sem perceber bem porquê já tinha decidido que queria trabalhar em publicidade. Segui a área das artes pois nesta poderia explorar a minha criatividade e mais tarde licenciei-me em Marketing pelo IADE. Desde 2004 que trabalho em publicidade, até 2008 na área comercial e desde então que trabalho em agências de Media. Entrei no atual grupo Dentsu Aegis Network em 2009, tendo sido a quarta pessoa a entrar na unidade de media digital no nosso Grupo. Passei por gerir a comunicação digital de várias marcas globais e Nacionais, aprendi muito sobre a comunicação das marcas e como os vários pontos de contacto se interligam para acrescentar valor.

Mais recentemente fui Head of Mobile no Grupo e atualmente estou a desenvolver a nossa marca de Programmatic, a Amnet.


Como é a tua rotina de trabalho atualmente?

Atualmente tenho o grande desafio de fazer crescer o negócio Amnet e a minha equipa, bem como o conhecimento do grupo na área do Programmatic e em todas as dimensões que este encerra. Apoio ainda a integração da compra programática no dia-a-dia das equipas de planeamento digital e apoio também a definição estratégica das nossas marcas em alguns momentos chave.


Quais foram os maiores desafios que enfrentaste até hoje, no campo profissional?

Lembro-me do momento em que fiz um elevator pitch ao CEO Global da iProspect (brand de performance digital da DAN).


Podes destacar um ou dois projetos em que mais gostaste de participar?

Tive duas oportunidades muito gratificantes que posso destacar. A primeira a de ingressar num programa Global DAN de retenção de talento e a segunda a de fazer parte duma equipa internacional de pitch da Carat Alemanha. Destaco estas pois foram as que me fizeram sair mais da minha zona de conforto. Trouxeram oportunidades únicas de me desenvolver profissionalmente e de trazer para casa novos pontos de vista.


Qual o potencial da comunicação mobile? Consideras que as marcas/empresas em Portugal estão a apostar cada vez mais nesta área?

Há muitos anos que ouvimos falar de que este é que é o ano mobile. A verdade é que o consumidor – e todos nós – já adotámos o smartphone como o ‘nosso parceiro no crime‘ e temos com ele uma das poucas relações da qual não abdicamos. Resta às marcas olharem para ele como veículo de comunicação de propriedades e features únicas que possibilita experiências personalizadas. Falta algum arrojo por parte das marcas em começar a construir conversas com o seu consumidor mais valioso e por outro lado de não ter medo desta jornada e de retirar os devidos insights com seriedade quanto ao valor que o mobile e as restantes iniciativas de comunicação trazem à sua marca.


Quais são as tendências que estão a surgir no setor do mobile e mobile marketing?

Pensando em tendências neste momento, menciono, por um lado, o spread da utilização de apps de realidade aumentada (pós fenómeno Pókemon Go), que traz oportunidades às marcas de utilizarem esta tecnologia a seu favor, principalmente se, por exemplo, permitirem uma experiência imersiva no ponto de venda ou quando o consumidor se desloca em viagem. No entanto, existe uma grande pulverização de soluções tecnológicas e apps distintas, facto que pode por enquanto afastar as marcas da sua adoção. A segunda tendência é também ela uma necessidade resistente – pois há ainda poucos que a dominem – a experiência omnichannel. O Mobile tem também aqui um papel importante pois o consumidor espera ser reconhecido e ter o mesmo nível de experiencia independentemente do canal de venda ou device que esteja a utilizar na compra ou interação com a marca/serviço. É assim cada vez mais crucial pensar-se numa estratégia que verdadeiramente responda a este comportamento e desejo do consumidor.


Que recursos recomendas a quem se quer manter atualizado na área?

O melhor recurso é sem dúvida a curiosidade. Esta área tem como base a tecnologia, a inovação, a criatividade e um bom sentido crítico. É crucial a investigação, ler muito tendo sempre a capacidade de selecionar o sumo entre o que se lê e não se deixar ir na tentação de seguir várias opiniões que pelo facto de serem repetidas não as tornam verdade.

 


E nos teus tempos livres? O que gostas de fazer?

Gosto de viajar, uma das minhas grandes prioridades.


Na tua opinião, quais são as mais valias ao ser tutora na EDIT.?

Poder partilhar o meu conhecimento que tem como base a minha longa experiência. Gosto de contribuir para o crescimento profissional das pessoas com quem trabalho e agora dos meus alunos.


Podes deixar um conselho para os nossos alunos que pretendem entrar no mercado?

Sejam diferentes, sejam melhores do que vocês mesmos esperam e desejam. Não se acomodem, sejam ousados, sonhem muito e não tenham medo de os passar à execução.



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